Pesquisadores exploram possível ligação entre medicamentos e risco de demência
Quando se trata de controlar a dor crônica, os médicos frequentemente enfrentam um difícil equilíbrio: encontrar tratamentos eficazes que não sejam viciantes ou excessivamente arriscados. Um medicamento que se tornou cada vez mais popular nos últimos anos é a gabapentina — um fármaco originalmente aprovado pelo FDA para controlar convulsões e dores neuropáticas.
Como a gabapentina é considerada mais segura do que os opioides, muitos médicos a prescrevem não apenas para epilepsia e dor neuropática, mas também “off-label” para problemas como ciática, fibromialgia, ondas de calor, insônia e até ansiedade.
Mas, como todos os medicamentos, a gabapentina não está isenta de efeitos colaterais. Os mais comuns incluem tontura, sonolência e náusea. Mais preocupantes são as descobertas recentes que sugerem uma possível ligação entre o uso prolongado de gabapentina e o declínio cognitivo, incluindo problemas leves de memória e demência.
O que o novo estudo descobriu
Pesquisadores da Case Western Reserve University e de diversas instituições médicas examinaram os registros de saúde de mais de 26.000 adultos com condições de dor crônica. Eles compararam pacientes que receberam pelo menos seis prescrições de gabapentina com aqueles que não tomaram o medicamento e acompanharam os dados ao longo de um período de dez anos.
Os resultados, publicados na revista Regional Anesthesia & Pain Medicine, levantaram questões importantes: