Depois que eu te estuprei, eles pensaram que eu estava morto, mas sobrevivi para fazê-los pagar, um por um.

Se eu for com você, você vai nos pegar a todos. Joaquín a empurrou. Tire sua irmã daqui. É só isso que importa. Joaquín, vá. Esta é a minha chance de fazer algo certo pela primeira vez na vida. Carolina viu em seus olhos que ele não mudaria de ideia, e não havia tempo. Os homens do coiote estavam se aproximando, atirando, gritando.

Ela agarrou a mão de María e correu em direção ao cânion, com as outras mulheres a seguindo. Atrás dela, ouviu Joaquín atirando, gritando insultos, atraindo os homens para si. Ouviu explosões, ouviu gritos de dor e, então, ouviu outra coisa: a voz do coiote. "Joaquín, seu traidor, vou te esfolar vivo, seu desgraçado." Carolina não olhou para trás.

Continuou correndo, puxando María consigo, para o fundo da escuridão do cânion. Pedras arranhavam seus braços e pernas. Uma das mulheres tropeçou, torceu o tornozelo e caiu para trás, chorando. Carolina não conseguia parar. Ela sentia isso na alma, mas não conseguia. Continuou correndo.

Correu até seus pulmões arderem, até Maria desabar. Elas se refugiaram atrás de algumas rochas enormes, ofegantes e tremendo. As outras duas mulheres chegaram logo depois, uma ajudando a outra. Todas estavam sangrando, todas machucadas. Mas estavam vivas, e Maria estava com elas. Carolina abraçou a irmã, sentiu seu corpo magro tremer contra o seu, ouviu seus soluços abafados.

⏬ Continua na próxima página ⏬